Direito de Família na Mídia
‘Ao adotar, recebemos mais do que damos’
08/07/2015 Fonte: Jornal do ComércioOs anos de espera pela chegada do filho adotivo são angustiantes para a maioria dos candidatos que se encontram no Cadastro Nacional de Adoção. Os que persistem certamente concordam que passar por essa fase valeu a pena. Eliane Patricia e José Eduardo Cardoso aguardaram três anos pela filha Maria Letícia, hoje com 10 anos. No final do ano passado, foi a vez de Lucas, de oito meses, entrar na família, após quase nove anos de espera. Um problema na atualização do cadastro os tirou da fila no segundo processo de adoção.
"No fim, este erro foi até divino. Se tivessem me chamado há três anos, não sei se teríamos condições. A Maria Letícia tem 10 anos, mas tem atraso cognitivo em decorrência de uma lesão cerebral. Só depois de um ano começaram a aparecer os problemas neurológicos, e foi todo um processo que realizamos até ela começar a andar. Naquela época, nós estaríamos mais envolvidos com ela", explica.
O casal já planejava adotar uma criança, além de ter filhos biológicos. Entretanto, após três fertilizações in vitro sem resultado, decidiram fazer o cadastro. A única diferença entre uma gestação e o processo de adoção, segundo Eliane, é que não tem como saber quando o filho irá chegar. "Quando os peguei no colo, era impossível dizer que não eram meus filhos. É um amor incondicional. Muitas vezes, se engravida sem querer, em um momento que não é o ideal. A adoção é uma coisa que acontece quando tu realmente estás pronta", afirma. Leia mais.